ANO QUE SE INICIA ... NOVOS PROBLEMAS E VELHAS CARAS.
Não é fácil!
Ontem nos apresentamos em nossa escola (que gosto muito) para a famosa "atribuição de aulas"! Cheguei pouco antes de a diretora iniciar os trabalhos. Gosto de chegar bem antes para conversar com os (as) colegas. Já estavam sentados (as). Me acomodei ao lado de um jovem colega que sempre se mostra alegre. Outra professora chega e senta-se ao meu lado. Ela também é alegre e muito educada.
Observo a sala. Uns me cumprimentam. Outros, me olham com cara feia, como se fosse um "intrometido"! Que coisa ruim! Isso me angustia muito. - Como pode alguém, já no início do ano, entrar em seu ambiente de trabalho tão amargurado (a)?
A diretora, preocupada, abre os trabalhos dizendo que "este ano não será fácil", destacando o problema da lotação devido as mudanças feitas pelo governo. Solicita o "profissionalismo de todos". Entendo sua postura porque já fui diretor e sei que sua responsabilidade e "culpabilidade" são grandes.
Felizmente, a vice-diretora deu um grande "Bom dia a todos!". Ela, penso eu, conseguiu levantar o astral, pelo menos de alguns, inclusive o meu. Leu uma mensagem e promoveu uma oração.
Durante as atribuições das aulas, grupos de professores (as) conversavam baixinho. Chegam mais alguns de outras escolas. Cumprimentam uns poucos. Nem olham para outros. Tem aqueles que sorriem para todos, enquanto que outros carregam seu rosto, enrugando a testa. Há os que parece demonstrar revolta com o mundo.
Chega a minha vez. Um dos últimos. Uma colega já estava sentada frente à vice-diretora. Quiz cumprimentá-la, mas nem me dirigiu seu olhar. Fiquei constrangido, sem saber o que fazer. A vice lhe disse que suas aulas já estavam distribuídas conforme ela queria. Respondeu rispidamente: "Tá bom!", e saiu ligeiro do seu lugar. Fiquei atônito. Consegui sorrir para a minha vice-diretora, que explicou-me a distribuição de minhas aulas. Conversamos um pouco e nos cumprimentamos em seguida, quando me retirei em direção ao pátio frente à cozinha, onde estava o nosso "lanche".
Conversei com algumas colegas, inclusive uma que tinha tomado posse na direção de um CEI da rede municipal na noite anterior, aliás, muito educada e alegre. Depois fui embora.
Estou muito angustiado e preocupado com aqueles (as) colegas revoltados (as) com a sua profissão e\ou com pessoas. Isto não é bom! Além de não resolver nada, cria um ambiente "pesado" ao seu redor e piora as relações interpessoais.
Podemos (e devemos) ser críticos a certas situações e até mesmo a pessoas. Mas devemos ser cordial com todos. Acredito que a frase mais infeliz que possa existir é aquela que diz: "Não preciso de ninguém ou de você!". A revolta e a raiva nos trazem amargura e nos coloca em uma situação contrária ao que deve demonstrar um (a) educador (a).
Todos sofremos com os descasos e a arrogância deste governo estadual (se for esse o caso). A FETEMS, que é a responsável pelas negociações com o governo, não o SINTED, tenta impedir aquelas atitudes. Mas é tudo feito na "calada da noite" e sem diálogo. Assim, além de ficarmos contrariados e constrangidos (pois assim como os diretores escolares, somos cobrados), nos sentimos impossibilitados, até por FORÇA LEGAL, de agir contra tais ações.
Termino este recado-desabafo enaltecendo aqueles (as) que tem consciência, conseguem enxergar aquela situação e nos apoiam no sentido de sempre tentar impedir a arrogância de alguns governantes. Se juntos a luta é difícil, pior ainda separados!
Lembre-se! O que já conseguimos foi com os movimentos sindicais. Sem o sindicato (mesmo com as possíveis falhas e impossibilidades) os avanços serão mais difíceis.
Que TODOS (AS) tenham um ótimo ano letivo!
Petrônio Filho.
Não é fácil!
Ontem nos apresentamos em nossa escola (que gosto muito) para a famosa "atribuição de aulas"! Cheguei pouco antes de a diretora iniciar os trabalhos. Gosto de chegar bem antes para conversar com os (as) colegas. Já estavam sentados (as). Me acomodei ao lado de um jovem colega que sempre se mostra alegre. Outra professora chega e senta-se ao meu lado. Ela também é alegre e muito educada.
Observo a sala. Uns me cumprimentam. Outros, me olham com cara feia, como se fosse um "intrometido"! Que coisa ruim! Isso me angustia muito. - Como pode alguém, já no início do ano, entrar em seu ambiente de trabalho tão amargurado (a)?
A diretora, preocupada, abre os trabalhos dizendo que "este ano não será fácil", destacando o problema da lotação devido as mudanças feitas pelo governo. Solicita o "profissionalismo de todos". Entendo sua postura porque já fui diretor e sei que sua responsabilidade e "culpabilidade" são grandes.
Felizmente, a vice-diretora deu um grande "Bom dia a todos!". Ela, penso eu, conseguiu levantar o astral, pelo menos de alguns, inclusive o meu. Leu uma mensagem e promoveu uma oração.
Durante as atribuições das aulas, grupos de professores (as) conversavam baixinho. Chegam mais alguns de outras escolas. Cumprimentam uns poucos. Nem olham para outros. Tem aqueles que sorriem para todos, enquanto que outros carregam seu rosto, enrugando a testa. Há os que parece demonstrar revolta com o mundo.
Chega a minha vez. Um dos últimos. Uma colega já estava sentada frente à vice-diretora. Quiz cumprimentá-la, mas nem me dirigiu seu olhar. Fiquei constrangido, sem saber o que fazer. A vice lhe disse que suas aulas já estavam distribuídas conforme ela queria. Respondeu rispidamente: "Tá bom!", e saiu ligeiro do seu lugar. Fiquei atônito. Consegui sorrir para a minha vice-diretora, que explicou-me a distribuição de minhas aulas. Conversamos um pouco e nos cumprimentamos em seguida, quando me retirei em direção ao pátio frente à cozinha, onde estava o nosso "lanche".
Conversei com algumas colegas, inclusive uma que tinha tomado posse na direção de um CEI da rede municipal na noite anterior, aliás, muito educada e alegre. Depois fui embora.
Estou muito angustiado e preocupado com aqueles (as) colegas revoltados (as) com a sua profissão e\ou com pessoas. Isto não é bom! Além de não resolver nada, cria um ambiente "pesado" ao seu redor e piora as relações interpessoais.
Podemos (e devemos) ser críticos a certas situações e até mesmo a pessoas. Mas devemos ser cordial com todos. Acredito que a frase mais infeliz que possa existir é aquela que diz: "Não preciso de ninguém ou de você!". A revolta e a raiva nos trazem amargura e nos coloca em uma situação contrária ao que deve demonstrar um (a) educador (a).
Todos sofremos com os descasos e a arrogância deste governo estadual (se for esse o caso). A FETEMS, que é a responsável pelas negociações com o governo, não o SINTED, tenta impedir aquelas atitudes. Mas é tudo feito na "calada da noite" e sem diálogo. Assim, além de ficarmos contrariados e constrangidos (pois assim como os diretores escolares, somos cobrados), nos sentimos impossibilitados, até por FORÇA LEGAL, de agir contra tais ações.
Termino este recado-desabafo enaltecendo aqueles (as) que tem consciência, conseguem enxergar aquela situação e nos apoiam no sentido de sempre tentar impedir a arrogância de alguns governantes. Se juntos a luta é difícil, pior ainda separados!
Lembre-se! O que já conseguimos foi com os movimentos sindicais. Sem o sindicato (mesmo com as possíveis falhas e impossibilidades) os avanços serão mais difíceis.
Que TODOS (AS) tenham um ótimo ano letivo!
Petrônio Filho.
APOIOS E AGRADECIMENTOS
Felizmente, recebemos palavras de conforto dos colegas que entendem o nosso trabalho. Fiz questão de agradecer a todos e a todas que tiveram a gentileza de me reconfortar. São pessoas que, assim como eu, preferem dar importância ao que dá certo e compreender o que dá errado.
Reafirmo o meu propósito de lutar pelos nossos direitos, bem como pelo posicionamento profissional e humano de todos os profissionais da educação. SOMOS BOAS PESSOAS. MAS NÃO PERFEITOS! Petrônio Filho.
Felizmente, recebemos palavras de conforto dos colegas que entendem o nosso trabalho. Fiz questão de agradecer a todos e a todas que tiveram a gentileza de me reconfortar. São pessoas que, assim como eu, preferem dar importância ao que dá certo e compreender o que dá errado.
Reafirmo o meu propósito de lutar pelos nossos direitos, bem como pelo posicionamento profissional e humano de todos os profissionais da educação. SOMOS BOAS PESSOAS. MAS NÃO PERFEITOS! Petrônio Filho.
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