No Brasil, devido ao enorme diferencial entre as taxas de juros na ponta (para o consumidor) e a Selic, ela jamais exerceu impacto sobre o consumo, mas enorme impacto negativo sobre a oferta.
Na prática, ocorreu sempre o inverso.
Taxas de juros elevadas não alteraram o comportamento da demanda, nem de consumidores
nem de empresas.
Porém afetaram drasticamente a decisão de investir por parte das empresas.
Com menos investimentos, aumentou a defasagem entre oferta e demanda.
Vamos entender melhor esse descompasso.
Teoricamente a Selic atuaria sobre o consumo através do canal do crédito. Para avaliar sua eficácia, portanto, a melhor maneira é analisar a seguinte correlação:
Aumento da Selic -> Aumento dos juros do crediário -> Redução da demanda -> Redução dos preços.
Nas últimas décadas, raras vezes o crédito ao consumidor foi inferior a 4% ao mês (equivalente a 60% ao ano).
Suponha uma queda estrondosa da Selic (em 2 pontos percentuais). Como a Selic é uma taxa anual, 2% ao ano significará 0,17% ao mês.
Mesmo se fosse totalmente repassada para a taxa de financiamento, o impacto sobre o valor da prestação final seria ínfimo, sem afetar de forma significativa a decisão do consumidor.
A cada redução de meio ponto, um ponto na Selic, o mercado regurgitava previsões catastróficas sobre os rumos da inflação.
Confira esse terrorismo à luz dos números demonstrados:
No caso de redução de 0,5 ponto na Selic, mesmo se repassada integralmente para o financiamento, o valor da prestação subiria de R$ 47,17 para R$ 47,51, ou 34 centavos a mais. Mesmo no caso de uma elevação radical, de 4 pontos percentuais ao ano, o valor da prestação aumentaria em R$ 2,62, ínfima perto do estrago que 4 pontos percentuais na Selic provocaria nas contas públicas.
Porém afetaram drasticamente a decisão de investir por parte das empresas.
Com menos investimentos, aumentou a defasagem entre oferta e demanda.
Vamos entender melhor esse descompasso.
Teoricamente a Selic atuaria sobre o consumo através do canal do crédito. Para avaliar sua eficácia, portanto, a melhor maneira é analisar a seguinte correlação:
Aumento da Selic -> Aumento dos juros do crediário -> Redução da demanda -> Redução dos preços.
Nas últimas décadas, raras vezes o crédito ao consumidor foi inferior a 4% ao mês (equivalente a 60% ao ano).
Suponha uma queda estrondosa da Selic (em 2 pontos percentuais). Como a Selic é uma taxa anual, 2% ao ano significará 0,17% ao mês.
Mesmo se fosse totalmente repassada para a taxa de financiamento, o impacto sobre o valor da prestação final seria ínfimo, sem afetar de forma significativa a decisão do consumidor.
A cada redução de meio ponto, um ponto na Selic, o mercado regurgitava previsões catastróficas sobre os rumos da inflação.
Confira esse terrorismo à luz dos números demonstrados:
No caso de redução de 0,5 ponto na Selic, mesmo se repassada integralmente para o financiamento, o valor da prestação subiria de R$ 47,17 para R$ 47,51, ou 34 centavos a mais. Mesmo no caso de uma elevação radical, de 4 pontos percentuais ao ano, o valor da prestação aumentaria em R$ 2,62, ínfima perto do estrago que 4 pontos percentuais na Selic provocaria nas contas públicas.
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