Hoje, após o almoço, ligamos na TV Senado. Estava acontecendo uma audiência na Comissão de Educação, Cultura e Esportes, daquela casa, onde se discutia os motivos pelo não cumprimento do país no que se refere às metas de melhoria da educação. Falava a Srª Priscila Cruz, representando o movimento Todos pela Educação. Ela, com muita calma e lucidez, apresentou gráficos demonstrando as diferenças de aprendizado entre as diferentes regiões do Brasil, entre os que tinham entrado em creches e os que não tiveram acesso a elas, entre os que cursaram as séries nas idades corretas e os que cursaram atrasados ou adiantados e outros dados. Ao final de sua fala, comparou a prioridade dada a educação por países como Coreia, Japão e Chile com o Brasil. Foi bastante incisiva ao colocar aos senadores que aqui nunca nenhum governante levou a sério a questão educacional, limitando-se a alguns pequenos ajustes. Disse que lá os administradores realmente abraçaram a causa e promoveram uma verdadeira revolução educacional que permitiram aos seus países um grande desenvolvimento tecnológico e social. Explicou como a educação pode desenvolver uma nação.
Pelo que observamos, sua fala atingiu os senadores, pois os mesmos ficaram calados e, aparentemente, pensativos e preocupados. Logo em seguida, começou a falar outro expositor, destacando a falta de poder e de autonomia dos diretores para tomar iniciativas que possam atender aos professores e alunos, comparando a agilidade de uma escola particular de bom nível com a burocracia estatal. Também deu depoimento dizendo que os alunos que ingressaram via PROUNI nas universidade tiram notas acima das médias de outros alunos (citou dados), o que, segundo ele, vem demonstrar que mesmo sem uma boa estrutura familiar, os alunos conseguem superar as suas limitações, comprovando a validade do dinheiro investido na educação.
Como tivemos que voltar para o SINTED, não vimos como terminou a audiência. Mas, pelo que notamos, os senadores sentiram bastante o valor do investimento educacional, como também a nossa seriedade com a questão. Sempre colocamos que era necessário explicar aos políticos o porquê das nossas queixas. Parece que, enfim, estamos conseguindo que eles entendam a situação educacional brasileira.
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